domingo, 27 de junho de 2010

Ter um câncer é tão cruel quanto escrever um poema
não se vive mais em paz depois que se escreve.
E se um tumor cresce por acaso anexo em parte do ser.
O pior é sabê-lo!
Tomar em doses cavalares a química de um líquido
que quiçá nos assassine as próprias células rebeldes
de nós.
Glândulas, nódelos,
plasias, plaquetas, dores, desfiguração do rosto
dos pêlos
das ânsias, dos vômitos , dos medos
da vida que se faz urgente
das pessoas não entenderem nada
e terem medo que tudo um dia...
escrever poema é como ter um câncer.

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