domingo, 27 de junho de 2010

Impressiona-me a vida com a madrugada.
A santidade que transfigura o silêncio
O medo da morte.
A vida dilatando seca
sangue correndo nas veias para quê?
E o sentimento fino de que as coisas pesam.
Que não há dança que solucione o mundo
nem música que supere os motores.
Há, sim, uma viagem esquisita do cotidiano
que nos carrega do medo de menos dias
Viagem sem volta para o escuro do nada
A existência empalidece quando pensa um ataúde.
Viciei-me na vida,
escrevi poema
desejei o mais absoluto de mim
e não alcancei o êxito de ter asas mais compridas
de lançar de um penhasco meu corpo e alma
indesejável grito rapino sem eco e vibração.

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