segunda-feira, 7 de junho de 2010

Meu amor tem olhos claros
cabelos lambidos de amarelo
e sorriso debochado.
Voz aguda de infante
corpo descomportado.
Canta feito sabiá,
graúna canário
inquieto ele anda apressado
De tudo cuida com des-jeito.
É de Espanha
outros cantos não falados
de tempos de perda, de separado
Meu amor é pele só
fina, doída, beijo torcido
amiúde trocado
é noite agarrado
é dia, discussão e janta
é café televisão e planta:
meio um amor desarrumado.

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