domingo, 27 de novembro de 2011

A vontade de escrever me alteia a vontade de amar.
Escrever-te é sempre um exercício de dedicação
Declara o amor como a posse mais fugidia e exata que temos.
Amar é escrever sem interrupção para vontades próprias apenas.
É querer contar mais a história do outro,
protagonizá-lo sempre e assistir o desenrolar da vida juntos.
Amar é um banhar-se em rio largo, mas sabido de que suas margens existem.

Não há perigo no amor.
O perigoso é amar sozinho,
sem que os dois lados disputem
o mesmo espaço no pensamento do outro
a mesma maçã na geladeira, 
o mesmo vício e desejo do corpo na noite sem estrelas.
Há perigo quando não se sente a falta ao lado no traveisseiro,
quando não se lembra do beijo,
quando se dorme sem boas noites.
Quando a palavra falta em exagero,
o diálogo se torna um colóquio sem tema
e o ódio próprio é mais relevante
que o amor no outro, 
aí sim é preciso chamar avisar aos amigos
que o amor finda.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Há sempre um tempo pra se viver
um amor para cuidar ou recordar.
Algo que se comemore.
Brindemos a vida, a musica, a dança que nos impulsma
e nos sobram.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

A vida questiona e você tem que responder, escolher,
tudo no mesmo momento.
E a escolha é sempre tão necessária quanto arrependível.

domingo, 9 de outubro de 2011

O choro liberta minha líquida saudade.
Dolente, vou esperando tuas noticias,
tuas palavras.
até o semfim de horas que outras leituras me ocupam.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

E se é uma questão de tempo
que o tempo se faça
o meu, o seu.
Perto ou longe
de mãos dadas ou por cartas.
Amar é uma descoberta sem esforço e importante.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Por que de algum modo me julgavam sem saber o caminho.
Sem saber jantar ou qualquer mínima coisa ou palavra sem letra.
Uma mesa de noite me chamou a atenção pela sua velhisse.
As novidades tem cansado os  olhos e a cabeça.
Os livros e os capítulos longos. as histórias pateticamente se repetem,
mas a poesia se reconhece nova,
bandeira erguida nos corações e campos.
Nem sempre quero escrever,
mas o poema existem em todas as circunst:âncias.
Todos enxergam e não leelm atentos ao mormaço do coração e do papel.

domingo, 31 de julho de 2011

Ouvir uma nova palavra
descascá-la nos lábios,
discorrê-la na língua
entoná-la.
Fazê-la parte de você e depois de certo tempo 
a sensação de tê-la tão entranhada 
como se tivessem nascidos juntos.

sexta-feira, 29 de julho de 2011


Algumas saudades
algumas mortes
Algumas cores, músicas, flores,
cheiros, ventos e mares..
trazem a lembrança de que as coisas não passam,
as coisas ficam,
e permanecem entranhadas na nostalgia
que alimenta o corpo dentro do corpo, o que chamamos MEMÓRIA.
Eu não sabia que no corpo havia tantos espaços vazios.
Que nesses espaços podemos encher de coisas.
Que essas coisas podem ser boas e ruins,
que entre as boas e ruins existem as indefiníveis,
e que eu talvez morra, mas não dê conta de encher esses lugares sozinho. 

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Quase chamei teu nome hoje.
Mas não era você!
Era quem eu tinha sonhado ter vivido.
Era com quem eu planejei a falência e o êxito
a fartura e a escassez de beijos.
eu quase chamei seu nome,
mas também eu quase deixava de ser eu
quando a primeira letra da tua alcunha
me tomava o punho da garganta e me tornava
vertigem e sonolência de tristeza.
Eu sempre durmo muito depois de chorar, muito.
Minha maneira de estancar a dor saindo pelos olhos e escorrendo
no território da pele feia de quem chora por amor sem jeito.
O amor nunca tem um jeito, nem peito,
coração.
Mete-se irresponsavelmente no meio do mundo de todos
no meio do cérebros dos tolos
e finge ser a razão única de viver os modos.

‎Na casa do amor
vidas estão em decomposição.
Ali se desconstroem os mais frágeis
se condenam os mais salvos
se suicidam os mais sanos
em troca de qualquer beijo sem presença.


segunda-feira, 25 de abril de 2011

O grande mistério de tudo é a nossa própria vida.
Só nó sabemos realmente o que fazemos, nunca o que somos.
Ninguém pode arrancar ou pôr os pensamentos onde quer
e de uma força involuntária que nso atormenta até a morte.
Contemporizando com a dor.
Perseguições dos papéis passados a limpo.
Não acredito que foram todos enviados a mim.
A letra borrrada na folha barrenta
e no coração cortada.
A palavra partida ao meio sacrifica-se, faz-se outra.
Eu não, ainda não.

quarta-feira, 16 de março de 2011

buscar falar de outras coisas que não seja o amor,
na poesia, par amim é muito difícil.
Como esquecer nas palavras as preocupações banais do cotidiano, a crítica
radical aos modelos políticos, se o que nso tira o sono, desnorteia os olhos,
faz a gente pensar anos luz a mais do que o norma é o amor? Ou a falta dele.
A falta que se define suplemento dele mesmo,
porque até quando falta o amor é presença, na lembrança, na saudade, na raiva no desejo de corpo ou de vingança.
Até que ele se transforme em outra coisa, geralmente por uma imposição da vida, das decisões.
Do tempo, inimigo seu imperdoável.
Veler-se de Deus, dos deuses, dos adeuses qeu se vão repetindo, não se sabe até quando.
E conviver com a dúvida de que se pode amar ou não até a morte.
Ir embora, de si mesmo
para fora.
Para uma hora oportuna e despedida.
A ferida não é cura
é uma coisa mais dura...
.........Mais profunda, meu nome é
alguma coisa que não sei ler agora

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

A vida me eleva ao minuto único de uma respiração profunda
Me faz sorri e chorar porque tem dois modos de existir, de ser.
Vou pela vida e caio e levanto e caio, ah, Deus
ah, qualquer coisa, devo ir...

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

penso pedra
sãbão e pão
nem tudo na vida é tão maiúsculo
quase tudo forma pequenas coisas
na cronologia forma um edificio
no final tenho que entrar

o til é um acento legal
irmão da minha mãe
dá uma grandeza as palavras
as palavras tem mania de grandeza
e eu, mania de fazê-las enormes
quase maiores do que eu
quem disse que elas não vem quando quero
e se não vier eu crio outras,
minhas, minas para poemas curtos
pobres
que não querem livros
querem ser ditos e morrer na boca maldita de apaizxonadas
desqualificados
abandonados e iludidos
todo nós
memso sós somos incabíveis no amor
na paixão
na ilusão cheia de tils enormes
com mania de tornar maiores
essas dores essas palalvras malvadas
malcriadas por mim, pelos poetas que leio todo mês
ah meu deus, quem foi que te fez?!

sábado, 5 de fevereiro de 2011

é que a gente de repente descobre o ser só sozinho com a gente.
 e há tempo para tudo, para dar-se banho
contar-se história
lavar roupa sujo consigo mesmo e discutir a relação monovalente
do amor narciso.
E dentro da solidão há um esquecimento fácil das importâncias
dos pesos
dos medos que são todos ao mesmo tempo.
A solidão corrosiva
sorri e diz o segredo que não conta a todos
escreve-me se declara amante fiel de mim agora
na hora me que o sono é raro
o caminho é falso
e ninguém me é par comum.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Para que lembrar repetidamente
o cheiro, a vontade do teu corpo que era tanta!
Para que lembrar repetidamente que faleceu o carinho da noite
lencol dividido, agora rasgado e só.
Não foste só a ti que perdi,
foi um mundo pequeno de coisas que significavam mais que cada canto da casa.
Foi uma perda irreparável do João que fui,
que mudei,
que tentei mudar para ser teu.
Não acaba aqui a vida,
há um outro coração por vir e transplantar junto a folha
que seca no peito.
a esperança e o apego as lembranças
são as tentas onde me ninho e me abrigo sorrindo.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

No haverá tempo
nem amor
nem medo
nem a ansia de encontrar outra vez as mãos e os pés.

Há o tempo de consertar a nota
o nó no peito
o som agudando o íntimo da dor do mundo.
Buscar a liberdade no amor sem apaixonar-se
sem clamar presença
sem procurar desculpas ou explanações
justificativas para doar-se em condições exclamativas.

Ser e não ser, pouco, demais
despedida, saudação
perto e longe
tudo vale viver quando se da conta da precariedade do amor
do tempo soluçando baixinho em choro continuo
matando-nos confessadamente e dizendo que tudo muda
e se cala de repente.

domingo, 23 de janeiro de 2011

O dia terminando depois de vários trechos de livros antipáticos lidos.
Não há por que fazer tão pouca coisa num dia tão longo.
Um desgosto pelas coisas que despertam minha alegria desde o dia em que a água mudou de cor.
O pão sujo de mofo dentro do cesto de lixo é comparável ao coração deitado no peito.
Um frio escaldante toma cada minuto dos pensamentos, lembranças, cheiros nostálgicos.

Varrer a dor, frase de uma canção possível ou já conhecida. Nada parece muito certo no momento
em qfechas a porta do quarto e parece que tudo se encerra. A noite não, abre-se com escuro revoltante
e ameaça a escrita solitária da saudade.
Tenho dois corações, o que queria te dar e o que você deixou comigo. Nnehum deles está no mesmo lugar comum onde levaria anos para parar. Há um osso calcificando em meio as dores favoráveis ao poema e ao choro escamado.
Um dia sobre outro, uma dor sobre outra. Um medo sobre.. nada está por baixo, tudo te submete ao todo que parece circundar, fechar um muro ao redor do corpo e alma desconjuntados.
Fará um dia de chuva amanhã, algo m diz que será escuro e diferente, talvez o último, ou o primeiro de muita eternidade.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O tempo do esquecimento
da ausência das minhas coisas
Do que ficou por lá,
onde o amor era quase certo,
a mentira contamninou meus dias
e a casa despintou portas e janelas diariamente.
Você, simples menino dormindo hoje,
eu, fraco ser em pé abraçado pelo tempo sufocando
pelo tempo atando as mãos
pelo tempo ansioso do esquecimento
de que tudo na memória seja vivo
e na vida se faça morte.

Eis-me aqui, diante de mim para conversar comigo
ver os espaços que te faltam, que me ausentam do que era antes,
o desdesejo pelas coisas rotineiras e simples
a saudade amassando os olhos e ouvidos
recordações exatas.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Do tamanho do mundo,
do tamanho da dor,
a alegria se escondendo
o amor porvir
e a vida acontecendo sem medo de mim.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Que foste para mim, ainda não sei.
na vida se sabe pouco e se vive menos ainda.

Que sinto por ti?
Uma ressaca de mar furioso
Vulcão de medo e desperdício do amar.
Às 2 horas de qualquer dia
a noite inimiga do sono
prepara meu dia cansativo, posterior
e me promete vários quando eu for chorar...
desmoronaras  cartas do jogo derrotado que foi tentar.
Não se sabe por que não aconteceu o que eu escrevia nos poemas
O que eu desejava nas cartas quando amavas
Eu, buscando sempre meu jeito impuro de chamar teus olhos
e teu sono contínuo me impedia de estar pronto ao teu lado.
Fracasso da noite fria do abandono
eu que em vão te convenço que ainda me existes
e o mundo meu e teu cabe-nos somente
mas gira rápido e mata a planta do amor no escuro.