sexta-feira, 4 de maio de 2012

A gente vive em longuras.
Só o mar que é o mesmo.
O mar de baixo e daqui de cima.
As águas quentes e frias do mesmo oceano
nos recordam da vida, do marasmo e das tempestades
violentas, de como as vida nos trata.

A música, essa daqui,
no acordeom foleado de um agudo de saudade.
O meu povo e sua pele de pouca água.
A voz de Gonzagão que hora escuto,
lembra das nossas cantando não sei o quê,
mas que sempre permeava saudade, alegria e paixão.
Como diz parecido Drummond: "acho que escrevi um poema".
Não para os folhas de livro, mas para as nossas que se riscam a cada vez que a Roda Vida nos concede um encontro.

Segredo de corpo e alma o que a palavra me diz agora.
E talvez a gente viva a vida e morte inteiras sem entendê-la.

Beijos com saudade!
J.