terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Eu não sei se amo mais o mar ou as montanhas.
Se prefiro me esconder ou me afogar.
Afundar todo o corpo e me deixar líquido
ou ganhar a solidez das pedras e árvores juntas.

Eu não sei se no amor somos mais mar ou mais montanha.
Se, apesar de caminhar para cima exaustivamente, preferimos pensar em chegar
ao cume e ali plantar nossos pés altivos como se pudéssemos voar.
Ou se escolhemos a profundeza e o segredo das águas que agitam nossas
vontades e nos levam para onde quiserem, depois nos expulsam ou nos transformam em concha
para ali guardamos intactamente o amor que não se cumpriu.