segunda-feira, 30 de abril de 2012


Das cartas que escrevi, tantas!, restaram algumas letras.
Palavras foram ao vento,  porque tem asas mesmo,
voaram para pertencer a outras bocas, outros corações.
Hoje durmo com novos textos, os de um sentimento em crescença
de absor- e absolvição viciante.
À espera que me assaltem os tempos do amor em loucura.
Minha irmã voou pela primeira vez
aos 44 anos. Disse-me que era fantástico voar.
Imagine se fosse com as próprias asas!

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Um amor indelével
uma paixão estigmatizada.
Um amigo pra tantas horas.
Um poema feito pra mim,
uma música dedicada,
uma carta rasgada na despedida.
Uma foto do primeiro dia em qualquer lugar.
Tudo na vida tem que ser posto à prova.
E o coração tem que se despedir dela assim, cheio.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Dor medonha

Triste do amor que acaba do jeito que o nosso acabou
Triste do amor que termina com o mesmo mal estar
E deixa no seu rastro uma saudade sem-vergonha
Um imenso vazio, uma fome imensa e uma dor medonha
Triste do amor que teima em soluções muito definitivas
Que sensação de fracasso depois de tantas tentativas
Pra recuperar um velho entusiasmo
Que foi afundando dia menos dia
E sumiu no marasmo
O que fica pra nós disso tudo é um acordo inconformado
Nós que agimos do jeito que achamos mais civilizado
Vai saber que apesar de ja ter sido bom
Fiica a impressão de muito tempo perdido
Vai saber que se a gente se vir na rua vai se sentir inibido