domingo, 27 de junho de 2010

Gosto de ler poemas para outros ouvirem
se pudesse leria para um público de 6 bilhões, o mundo inteiro
ouvindo a minha voz ritmar o verso, interpretar dos outros.
As vezes meu público não existe
mas eu sei que a poesia quer ser dita
precisa ser
tem...
Mas quase todo dia não há ninguém
então, leio para mim mesmo
ao menos que seja um versinho só
uma frase de pacto com a palavra noutro sentido
Vou até qualquer canto
sento, deito, banho, e digo
mas não há mais um dia sequer que eu não fale o poema
que eu sinta o poema
que eu veja o peoma
que eu chore, coma,
sacrifique, goze o poema
e nunca consigo matá-lo antes de dormir

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