quarta-feira, 17 de março de 2010

El suicidio de Dorthy Hale/ Frida Kahlo

Revivência.
Tendência obsessiva um pensar em reviver
 viver já se tornou tão comum nesse útlimo ano!
Ouvindo e pensando em reamar: a mim mesmo.
dizer para mim Eu te amo é coisa que há muito não faço, nunca fiz.
Quero escovar os dentes com cuidado
pentear ladrilhando os cabelos
acarinhar-me como a um infante em berço
tratar-me como muita estimação.

Por esses últimos degraus que andei
a vida contorceu-me o pé
encalquei-me junto com um coração.
Engessei-os em seguida de tal maneira que
saindo do entorno escuro e branco
envolvido
respirou e disse querendo sentir o vento
querendo respirar e voltar à antiga matiz.
Ah, respirar o sol e se queimar da água banhando-lhe os contornos confrontais.
Descobrir tanta coisa quando cai duzentos degraus e rompi o tendão miocardiano.
Queria cair mais vezes!
Todo mundo deveria cair mais vezes.
Apoiar-se no corrimão e resistir à queda não é muito heróico
o mais épico seria cair retorcido, dolorosamente voltar à posição de origem
ou à outra que lhe faça sentir com paladar
 olfato e com sabor das coisas diferente.
Inclusive o amor cair no eixo da pedra maior no meio do caminho.