sábado, 31 de outubro de 2009

Confesso a Deus todo poderoso e aos meus irmãos
que amei muitas vezes por pensamentos e palavras, atos e alucinações
por mea culpa, minha tão grande culpa.
de não ter aprendido viola e fazer serenata
um estribilho só para um noite em declaração e estrela.
Fui bombardeado seguidadamente pela novidade de um abraço de manhã
e uma convicção de adeus à noite.
Fui levado à mesa de cirugia
para descobrir os tumores que me surgiram nas últimas horas
e o pior,
fui convidado a aceitar e tragar a minha culpa por todas as narinas que me são os poros,
e choro.
Vi a ultima estrela
desde um janela entristecida
ouvi um pássaro à noite estranhamente cantar tão belo.
vi coruja voar ao sol, trocando com morcego o galho.
Agora mesmo fui a flor ababdonada pelo pássaro- beijo
e faltou-me  muitas palavras para eu terminar o poema.
Choro.
a última noite do nosso amor não me foi avisada!
e teu corpo foi tão meu que eu tive uma certeza: de que dali em diante seriamos
éramos, vez por outra toda vez.
Porque, amor, não sou teu sexo, sou teu bem,
sou o presente que lembro de comprar debaixo do sol quente
sou a música quando escuto no compacto emprestado pelas tuas mãos
sou o cíúme que à porta abre para dizer quem eu sou e quem tu és
sou manhã, noite, tarde e mandrugada lembrando de um beijo ainda não dado
sou a tua geladeira, ventilador, sabonete escova e toalha úmida me esperando uma visita
sou tua chaga às duas e cinquenta e quatro da manhã sem sol ainda
sou um domingo, previsto a tua estréia e minha dor lançando chamas e chuvas
sou um poema em desespero de vento sem força para levar a nuvem
sou dedo com ferida pequena, doendo a noite sem dormir
sou menino pequeno acordando sem ti, hoje e sempre agora.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Furo a pele com espinho do limoeiro no quintal da infância ligeira
A  cítrica existência perfura o miocáridio e meus tumores do porvir.
A poesia sairá pelo sulco do meu suor, desesperada.
E quando corro desatinado a procura de bilhetes de ninguém?
Procuro um amante em fotos, em cartas e poema feitos por mim.
A toalha de renda, o açucar sobre a madeira, todos brancos
 interferem no oposto rubro e fétido do meu amor assassinado covardemente
em via pública do corredor da casa.

Sopro da vela sai do fogo que a acendeu
mas de mim, nem o contrário de um poema"
Os palavrões  verbos prostitutos da esquina da linguagem não dizem por aí
nada trasubstancia o agora me poesia
e minha mão não sustenta o papel para dizer-te que o amor é grave
e a morte é seta atingindo o o peito do tempo.

domingo, 11 de outubro de 2009

Minha estrada de ferro
voltou de muito tempo sem memória.
Não sei como contar minha história
Mas sei do meu sonho pequenino.
Queria ser feliz como antes, menino que  jamais fui
Ser homem de desespero e ilusão, ser rico , ser cristão.
Queria viajar pra bem longe, mas voltar logo de saudade
Queria amar e desamar sem perigo de perder nada, e de verdade,
sem escrever carta, sem ouvir música, sem pintar quadro
sem nenhum quadrado de medo do amor e de outros sentimentos.
Queria ser feliz num momento e logo ser capaz de destruir minha própría alegria
Queria era ser maria, bastião e ter todos os apelidos da terra e do além
Queria ser todo um ela x ele e outros sexos que existissem
queria ser poeta, músico, pintor, carpinteiro, filósofo, professor e um prefácio de livro,
uam bula de comprimido
um ser ínfimo e o próprio Deus
Mas vou sofrendo de não-ser e de ser
como uma questão mal resolvida
de muitos tempos sem corpo, sem memória.

domingo, 4 de outubro de 2009




Se fue el pajarillo tucumán!Las ganas de volar desde américa y gritar por las patrias injustas, negra e indígena, venció. Defendendo hasta el más allá y diciendo que su gente busca, en su canto, el unicornio azul que se pierde medio a la miseria e injusticia de todos. Se va ahora a las constelaciones donde se escondieron también Alfonsina y Neruda.

Hoy el cielo tiembla la emoción de tu canto único
llueve nubes por el corazón libre
que se hizo héroe y vilán,
pero se dijo argentino,
se hizo molesto a los tiranos
y en el encenario luchó con las armas de la voz
que no muere hoy, sino canta aún más furte.
Gracias a la vida que nos dió Mercedes
Que me dió dos ojos y dos oídos
y una sola pierna para buscar su canto.