quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

A vida devolve a morte no fim
o revolve devolve a morte no começo
a droga mata pelo avesso
e o começo de tudo não é a vida nem a morte.

O começo ou o fim pode ser agora
podemos quedar-nos sem memória
e uma pátria amada idolatrada (Foda-se! Foda-se!)
sufoca-nos com uma bandeira
de marginais de meninos violentos de ricos rídiculos reproduzindo mais pobreza
e suas riquezas vertiginosas,
vergonhosa é a mãe segurando o filho com o  bico do seio seco
com os pés malimpos sustentando o filho maldito
de futuro incerto ou amaldiçoados pelo próprio deus morto.
Não há pai nem mãe nas minhas ruas
há revistas nuas com mulheres fodidas de peitos e carnaval
há enredos cantando a porra de um território onde o pobre mora
lá em cima no morro
e o rico também,
em suites luxus.


Dou um tiro na minha cabeça a qualquer esquina que desvejo
que enrolo o olho para fugir do desespero d eum inferno imposto
da morte que me sucede à saida ou entrada
nada mais importa
não há portas
há cadeados e algemas
há homens, crianças mortas
Há lemas remas  publicidades e pobres por todos os lados
diferentes de Cristo
sem dinheiro e sem espírito
dentro de bancos
de favelas
de juizados
de câmaras de bagatelas de concretos e política sacana
insana e artroz com o meu passado, meu presente sem futuro
há somente apuros.

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