terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Quebrado, o coração não se alteia.
Sem asa ele fenece e não encendeia.
O que  na vida virou sangue pisado
não corre mais nos glóbulos pelas veias.


O amor sabe cortar asas, podar-se!
Aprendeu desde Adão a ser perdido
Pelo mundo traça um inferno e um paraíso,
com os pés estreitos da morte  implora à vida.


Não há quebrantos, não há sorte.
O que há nos corações amantes,
é que sempre amalgamam sulcros de desordem.


De repente toma-se em taça desse veneno
que desce nauseando suas visceras
E ilusão em vão atormentada
levanta brados com garganta mísera.


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