terça-feira, 5 de janeiro de 2010


Silêncio dos ouvidos em paralelo
quase por dentro do outro

polén de peles suadas escorregam no pescoço
a língua parece pincel retornando aos lábios.
Força febril que julga nosso calor
 amor sentido em alma externa
em sexo desesperado dos quadris
 na ansia de não magoar ninguém.


Medo? Não sabemos nada,
só desejamos
quando a boca cobra o ínfimo beijo
o veneno que nos faria nossos
à noite à tarde ou manhã.
Mesa posta para o café das horas juntas
qualquer delas
as horas do dia
todas já cumprimos
todas já foram de sangue e alegria
tudo é dia e noite
concomitante como o passeio do sangue
que lateja no coração detido.

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