A noite faltou em mim
grita comigo
e à meia-noite
a cadeira ao lado sentada sozinha .
O telefone não fala
e o livro na estante espera.
Faltava-me um suspiro só e eu morreria.
A noite vela acesa e meus olhos ardem na luz,
mas não há morte e ninguém que converse comigo.
A noite é o prêmio dos amantes fugidios,
dos escondidos na gaveta revelados até a hora matutina.
A noite de hoje é minha poesia
meu cálice cheio de vinho,
meu drink brindado entre meu eu e ninguém.
Restará um poema escuro e um grito de solidão taciturna
Um baú será aberto depois de anos
e esta noite será vivida pelos tísicos que agonizam
na mesma hora trepidantes.
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