domingo, 22 de fevereiro de 2009




Bailarinos tresloucados


A poesia que cansa,
dança
faz rodopios loucos em dialogos tresloucados
bebe no mesmo copo, senta na cadeira ao lado
e nós bailarinos doidivanas
perdidos em pensamentos e doses de vinho
doando uma lágrima quando a música é recordada.


Somos nostálgicos demais e por isso dançamos,
dançar queima em nós esse gosto da vida sem palco
esse ônibus nos obrigando a pensar nele
essas pessoas sem pernas
andando pro nada
e nós aqui
felizes e infelizes porque isso sim é importante,

isso

porque privilegiamos as portas abertas,
o caminho com pedras

ou sem pedras a la Drummond
mas com gosto de terra e pés descalços.

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