domingo, 6 de setembro de 2009




Escrever poesia é quase tão óbvio quanto chamar pelo teu nome à noite
sabendo que não estarás ao meu lado.
Há um segredo nas palavras que elas não contam a ninguém
e eu, morro de medo delas,
parecem mais minhas inimigas e se disfarçam em companheiras
assassinando pouco a pouco o que me foi o poema ideal.
Amo, escovo os dentes,
tomo banho, choro por ti, pego ônibus,
sinto calor, viajo com outro, tenho saudade
e a poesia só me deixa lembranças, nem um abraço sequer.
Volto com frio à rotina, mas o poema ainda existe e quer ser feito.
Não há papel nem tinta
só a validade do sentimento que outrora formara a razão de tudo.


Pintura- Guitarrista- Picasso

Nenhum comentário:

Postar um comentário