segunda-feira, 6 de abril de 2009


Só nos restou uma literatura
e um tema de amor para um folhetim?

Não acredito que as flores não queriam mais abrir
que a razão tomou de conta do jardim e que eu devo partir.
Sou teu quando quiseres, essa era a nossa música.
Ontem, desgravada dos vinis, não a escutei
não consegui escrever uma só linha de poema
porque o trem desiludido desviou do caminhou e fez vítimas fatais.
O meu poema estava dentro de um vagão, junto à solidão, irmã de sangue da dor.

Os meus amigos me deixaram só num bar escuro da esquina ...
sem pagar a conta voltei a pé pra casa
e me sentei num travesseiro ao chão, molhado com as lágrimas da noite anterior.
Tudo era céu azul, hoje a noite tem 24 horas,
Horas mortas, tempo cínico me olhando e rindo
e um cigarro por fumar declara a derrota do amor de meses...

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