domingo, 19 de abril de 2009

Não há mais madrugada
não há pratos nem xícaras nem almoço nem janta.
Não há cama nem lençol nem pé nem eu nem tu
Não há silêncio. Não há dor.
Tudo amalgamado come faminto o coração.
Basta o milésimo de um tempo qualquer e não estaremos mais aqui
.Para uma ilha de um mar imaginário fujamos, sem medo.
O rancor e mágoa são assassinados pelo revólver do tempo, mesmo.
Façamos de conta que contamos um, dois e três
E num conto de fadas vire a nossa história.
Sem almoço, sem prato, sem chão, sem caminho.
Tudo agora é ausência porque o presente é falso
e o passado um morto-vivo.
Levemos flores para o funeral da ilusão despedaçada em ataúde!
E choremos as pétalas das rosas de um aniversário ultrapassado.
14/ 04/ 09 JP

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