domingo, 5 de julho de 2009

Pesado
Flores escuras
foligem de carros
ar rarefeito nos meus pulmões já sujos
Tudo na cidade é fétido como no coração do homem.
Tudo me soa como um féu na língua e desacredito o Jesus Cristo e o Buda
e o êxito da fé.

Meu medo é ainda maior
Meu medo é de estar vivo e assistir o pior das coisas
o que estar para acontecer!
As montanhas estremecem nos meus olhos e um grito de pavor e ódio me socorre deste inferno.

Me confesso a mim mesmo
sou eu quem me escuto
Ninguém mais é meu ouvido
nesta sexta feira-santa amaldiçoando minha viagem de volta
ao sepulcro de minha realidade puta.
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Veia
há veneno no sangue dessa gente porra
meu mundo é uma ladeira
uma idade média mais escura
um quadro de Dali sem vanguarda
uma alma nunca posta no corpo
um lençol rasgado na noite fria.

meu amor um fracasso externo
uma derrota de guerra
um cavalo sem ganas de voar
Minha nuvem
cinzenta e semm chuva
atrapaplhando a nebulosa parte do meu cérebro que lança fogo
pela boca que não tem voz nem poesia.

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