segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Perdi o amor
o próprio
o consolável
o crucificado
o de noites
o de dia.

Cadeira vazia
Mesa vazia
xícara(   ).
Não há mais nada
a palavra se opaca
se defila
se derrete em mim.
Minha vida foi negada.
quem sou eu eo amor?
Morrendo talvez exista um outro templo
onde outros sacrifícios
outras vítimas se matem, sejam holocaustos
de qualquer outra epécie de veneno
que não sej ao que eu tomei hoje, sozinho.
sozinho porque nasci assim
sozinho tiraram- me uma perna.
sozinho vou buscar, ela e tudo o que me amputei.
Cavarei minha sepultura, pá a pá
silenciosamente me cavo me enterro me mordo
me morro
outras vezes quando for preciso
outras vezes
e me despedirei da vida
provando da alegria mais suposta
e da tristeza mais correta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário