segunda-feira, 18 de julho de 2011

Quase chamei teu nome hoje.
Mas não era você!
Era quem eu tinha sonhado ter vivido.
Era com quem eu planejei a falência e o êxito
a fartura e a escassez de beijos.
eu quase chamei seu nome,
mas também eu quase deixava de ser eu
quando a primeira letra da tua alcunha
me tomava o punho da garganta e me tornava
vertigem e sonolência de tristeza.
Eu sempre durmo muito depois de chorar, muito.
Minha maneira de estancar a dor saindo pelos olhos e escorrendo
no território da pele feia de quem chora por amor sem jeito.
O amor nunca tem um jeito, nem peito,
coração.
Mete-se irresponsavelmente no meio do mundo de todos
no meio do cérebros dos tolos
e finge ser a razão única de viver os modos.

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