quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O tempo do esquecimento
da ausência das minhas coisas
Do que ficou por lá,
onde o amor era quase certo,
a mentira contamninou meus dias
e a casa despintou portas e janelas diariamente.
Você, simples menino dormindo hoje,
eu, fraco ser em pé abraçado pelo tempo sufocando
pelo tempo atando as mãos
pelo tempo ansioso do esquecimento
de que tudo na memória seja vivo
e na vida se faça morte.

Eis-me aqui, diante de mim para conversar comigo
ver os espaços que te faltam, que me ausentam do que era antes,
o desdesejo pelas coisas rotineiras e simples
a saudade amassando os olhos e ouvidos
recordações exatas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário