quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Você me diz que não tem tempo
que não te dou flores
que nunca mais fiz poemas
que não sou mais o de antes
e todos esses clichês chatos dos ridículos amantes.
Eu te digo para viver
te digo para sair
escolher outros lugares
fugir comigo
comprar coisas desimportantes
viajar sozinho, com amigos.
eu digo, você não me escuta,
mas ama como quem não sabe o tamanho
e dorme como criança protegendo teus pés no meu.
e pede beijo
e faz gracejo,
piadas repetidas
chora de coisas antigas e guarda
muito que nunca me diz.

Eu e tu , o que será dessa borboleta?
será  uma lei absoluta
um medo de não cumprir
de fugir de sair do outro
um amor de louco sereno
amor que abraça
fica longe
volta
fecha a porta, compra poemas feitos
quer publicar meus livros...
Amar é só um perigo!
Risco desejado no papel do corpo
e eu, no fim do dia, morto
com pouco dinheiro e torto de sonhos...

Meu amor é para ti caballero
quixotesco
de dedicatória ilegível
e várias páginas indescritas

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