segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Palavra desencanta a gente
decanta e divide o estado de coisas
desfigura carne e alma
flagela coração e ventre
ventaneia e causa dó
Impluma a pele
descasca os pelos
escreve e apaga
apaixona e odeia
palavra é algema e asa
É poema-ofensa
É densa,
mesa
Toalha
água e uma saudade desconfortável

palavra nasce morre e se eterniza
vez em quando desfalace, banaliza
não serve um copo, uma taça e não serve
pra nadar.

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