sábado, 31 de outubro de 2009

a última noite do nosso amor não me foi avisada!
e teu corpo foi tão meu que eu tive uma certeza: de que dali em diante seriamos
éramos, vez por outra toda vez.
Porque, amor, não sou teu sexo, sou teu bem,
sou o presente que lembro de comprar debaixo do sol quente
sou a música quando escuto no compacto emprestado pelas tuas mãos
sou o cíúme que à porta abre para dizer quem eu sou e quem tu és
sou manhã, noite, tarde e mandrugada lembrando de um beijo ainda não dado
sou a tua geladeira, ventilador, sabonete escova e toalha úmida me esperando uma visita
sou tua chaga às duas e cinquenta e quatro da manhã sem sol ainda
sou um domingo, previsto a tua estréia e minha dor lançando chamas e chuvas
sou um poema em desespero de vento sem força para levar a nuvem
sou dedo com ferida pequena, doendo a noite sem dormir
sou menino pequeno acordando sem ti, hoje e sempre agora.

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