sábado, 6 de junho de 2009

Se por acaso a noite ainda esquenta o sonho no travesseiro
e a rosa insiste em existir num vaso sem água,
é porque a metáfora do amor de outrora foi prometido e jurado ser dentro de nós.
Tu mesmo me escreveste um livro com a máxima que dizia: te amarei no silêncio.

A promessa é de carregar a cruz ao Gólgota e expor o corpo aos açoites de cada dia.
Faça-se! Porém a cor púrpura de nossa despedida momentânea e perene
guardam si um sol e lua desencontrados, entre nuvens de enxofre onde o anjo anuncia um fim de mundo.
Não há aniversário no que parece-nos atemporal
a vida não tem preço nem minutos,
é um todo de dor e alegria
que se entendem em fazer-nos seus fantoches in-felizes.

31 de maio

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