domingo, 29 de março de 2009



Nenhum traço na minha tinta ainda é descontínua...

Continuas pintando, sim,

E eu, teu modelo pronto,

satirico, sofrido e amante.


Meus pés na irrealidade tocam o quadro dos teus

e roçam o contínuo dos teus dedos.

Falta- me cores hoje para escrever, falta-me beijos,

falta-me as palavras, quaisquer.

Fala-me! E lança contra mim a tua dor em preto e branco

enquanto acreditas que sem ti minha pupila é colorida.

Não mentes os passaros quando ainda cantam

nem as flores quando se abrem.

Os homens, sim, estes fingem não respirar mais um amor.

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