domingo, 15 de março de 2009



Há anos não te escrevo,

mas agora mesmo um engasgo da palavra saudade atravessou-me o pescoço por dentro.

Choro-me, chovo-me inteiro

porque em tardes de domingo as nuves escondem o sol e são maiores e escuras.

Tenho saudade de tudo

o café já tomei, minha boca já o estranha

a água de ontem

o sono à noite

tudo me é ausência de tudo.

Sou todo inteiro da saudade e de um computar com tela branca esperando meu poema

a Poesia é a única depois de anos que não me visita

a que resolve acenar e dizer adeus.
Um banco vazio da praça acusa também a solidão
A tarde de domingo é em si mesma sozinha
e acompanha os suicidas em sua decisão.

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