terça-feira, 27 de julho de 2010

Niguém faz poesia para se conter
ou para contornar uma situação
Se faz poesia porque se precisa de alguma maneira dizer o que não somos
como ou quem gostariamos de amar.
Ler um poema é mais bélico que ouvir Mozart
é um suicidio confiscado
uma morte lenta e perfeita.

O poema existe em palavra porque antes o tivemos um carne e mente
porque o beijo foi dado
porque o sexo foi feito.
E eu nem me importo se consiguirei escrever algo
há alguém que dirá algum verso por mim
e o dedicará os finados amantes e futuros arrependidos.

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